Na última quarta-feira (30), o acesso a todas as provas reunidas pela Polícia Federal no caso envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Essa decisão se refere ao processo que investiga a suposta tentativa de golpe em 2022. A Polícia Federal tem um prazo de cinco dias para definir a melhor forma de disponibilizar o material tanto para a defesa de Bolsonaro quanto para a Procuradoria Geral da República.

Moraes enfatizou que documentos que contenham informações pessoais e íntimas devem permanecer em sigilo. O pedido para ter acesso completo às provas foi feito na defesa prévia do ex-presidente. O ministro acatou a solicitação, permitindo que a defesa tenha acesso a todo o conjunto de provas, que inclui celulares e outros dispositivos eletrônicos apreendidos.

“A Polícia Federal deverá manter sigilosos eventuais documentos, mídias, áudios e vídeos que contenham fatos íntimos e ligados à vida privada de todos os denunciados. Nesse caso, o juízo deverá ser comunicado e as defesas deverão realizar requerimentos específicos”, declarou Moraes.

Entre os materiais que serão disponibilizados estão celulares, computadores, dados armazenados em nuvem, informações de geolocalização e documentos físicos. Além disso, a defesa de Bolsonaro também requereu a permissão para participar das audiências de outros processos relacionados ao caso. A decisão sobre essa solicitação ficará a cargo de Moraes, que se pronunciará em momento oportuno.

O ministro também anunciou que 15 testemunhas serão convocadas para prestar depoimento, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e ex-comandantes das Forças Armadas. A expectativa é que esses depoimentos contribuam para esclarecer os fatos em investigação e auxiliar no andamento do processo.

Informações da Jovem Pan / Foto: Gustavo Moreno/STF