Gilmar indicou seis diretores e vice-presidente na CBF
Nada do que acontece nos bastidores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é por acaso — e a queda de braço entre o atual presidente (afastado), Ednaldo Rodrigues e seus opositores ganhou novos contornos, escancarando uma guerra de bastidores entre dirigentes e o Judiciário.
No centro desse tabuleiro estão duas figuras poderosas: o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes e o desembargador Luiz Zveiter, cujos interesses se entrelaçam com os destinos da entidade que comanda o futebol brasileiro.
Em dezembro de 2023, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Rodrigues da presidência da CBF, ninguém no meio esportivo duvidou: a decisão tinha a digital de Zveiter.
O motivo era mais político do que jurídico. Flávio Zveiter, filho do desembargador e ex-presidente do STJD, queria o cargo. Era uma tentativa clara de retomada de controle da confederação por um grupo que há décadas circula entre cartórios e tribunais.
Pouco tempo depois, Ednaldo foi reconduzido ao cargo graças a uma decisão liminar de Gilmar Mendes. Coincidência? Difícil acreditar. O IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), fundado por Mendes, possui desde 2023 um contrato milionário com a própria CBF.
Além disso, o ministro já indicou ao menos seis diretores para a entidade — mas nunca se declarou impedido de julgar causas que envolvem o tema.
O ministro, também indicou recentemente um dos oito vice-presidentes da CBF, Gustavo Dias Henrique.
As informações foram divulgadas pela Revista Piauí. O jornal revelou gastos milionários, contratos suspeitos com escritórios de advocacia e uma gestão interna marcada por abusos e assédio moral. Pior: deixou evidente a proximidade entre Mendes e os interesses da CBF.
O que se seguiu foi uma mudança de postura. Em um gesto calculado, o ministro negou um pedido para afastar Rodrigues, mas mandou o processo de volta para o Tribunal de Justiça do Rio, de onde nunca deveria ter saído. Na prática, entregou o ex-aliado às mãos de seus adversários.
Desespero nos bastidores da CBF
Ciente de que está perdendo apoio, Rodrigues correu. No dia 12, anunciou o italiano Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira — um trunfo político esperado, mas tardio. No dia seguinte, tentou reunir os 27 presidentes das federações estaduais. Cinco deles — incluindo o do Rio, Rubens Lopes — não apareceram.
Foi lido como sinal de enfraquecimento. Além disso, os cartolas descobriram que Rodrigues havia alterado o estatuto da CBF às escondidas, abrindo caminho para concorrer a um terceiro mandato.
Informações do Diário do Poder / Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado
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