O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União Brasil), criticou nesta terça-feira (27) a confusão ocorrida na última quinta-feira (22) na Câmara Municipal, durante a votação do reajuste dos servidores, e defendeu punição aos envolvidos.

“Defendo que, quem cometeu crime, seja penalizado e sofra as consequências da lei. O que aconteceu aqui é injustificável. A gente não estava tirando direito ou garantia de ninguém. Estávamos aqui para aprovar o reajuste dentro de um trâmite legal”, disse o prefeito.

A confusão começou quando servidores municipais, concentrados em frente ao Centro de Cultura, na Praça Tomé de Souza, tentaram forçar a entrada no auditório onde ocorria a sessão. Segundo a dirigente da APLB-Sindicato, Ciclea Oliveira, parte dos manifestantes foi impedida de entrar, o que gerou indignação.

A tentativa de invasão resultou em empurrões e na quebra de uma porta de vidro. A polícia usou spray de pimenta e formou barreiras para conter os manifestantes. O clima ficou ainda mais tenso com a briga generalizada dentro do auditório, que levou à suspensão da sessão.

Vídeos mostram o momento em que o sindicalista Bruno Carianha, coordenador financeiro do Sindseps, tentou tomar o microfone das mãos do vereador Sidninho (PP), que pedia calma. A atitude gerou empurrões entre o sindicalista e outros vereadores. Carianha foi preso por incitar a invasão, mas liberado ainda na noite de quinta-feira.

“Se não tem acordo, encaminha para que prevaleça a vontade da maioria. E a maioria é impedida, o vereador não podia exercer seu mandato e realizar uma sessão. Está correto isso?”, questionou Bruno Reis.

Após cerca de uma hora, a sessão foi retomada em uma sala fechada. A maioria dos vereadores aprovou a proposta apresentada pela prefeitura.

Na sessão desta segunda (26), os ânimos voltaram a se exaltar e uma proposta de Comissão Especial de Inquérito (CEI) para apurar os ocorridos foi apresentada.

Informações do Blog do Vila / Foto: Betto Jr. / Secom PMS