06 de Junho de 2025

Bruno Reis critica governo do Estado por crise de violência na Bahia e defende mudança: “Problema afeta toda a sociedade”

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, destacou a gravidade da crise de violência da Bahia durante sua participação no evento “SOS Bahia – Caminhos para mudar a segurança pública do nosso Estado”, realizado nesta quinta-feira (5), no Hotel Fiesta, em Salvador. O encontro reuniu lideranças políticas e especialistas na área para discutir propostas frente ao avanço da violência que assola a Bahia, líder no ranking nacional de homicídios.

Bruno Reis lamentou a realidade imposta à população, especialmente aos mais pobres, vítimas diretas da escalada da criminalidade. “O problema da segurança hoje afeta toda a sociedade, e em especial as pessoas mais pobres. É comum, virou uma rotina. Todos os dias aqui em Salvador, as brigas das facções impedem que o transporte público funcione, que as escolas funcionem, que os postos de saúde possam abrir nos bairros”, afirmou o prefeito, ao destacar que até obras públicas têm sido obrigadas a pagar “pedágio” para seguir adiante.

Participam do evento o ex-capitão do BOPE e especialista em segurança, Rodrigo Pimentel, o comentarista político Caio Coppolla, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, o prefeito de Salvador, Bruno Reis, o deputado federal Capitão Alden, o presidente estadual do União Brasil, Paulo Azi, além do ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União Brasil, ACM Neto.

Bruno citou estudo divulgado por uma instituição mexicana que colocou Salvador e Feira de Santana entre as cidades mais violentas do mundo, como reflexo do colapso da segurança. “É nesse cenário que nós, prefeitos, temos que governar a nossa cidade”, disse. Segundo ele, a atuação dos gestores municipais, antes limitada a ações transversais como investimentos em educação, cultura, esporte e iluminação pública, agora tem extrapolado suas obrigações legais.

“Foi-se o tempo que essa era a contribuição do prefeito. Nesse novo contexto, a gente precisa assumir mais atribuições. E é o que nós estamos fazendo aqui em Salvador”, relatou, ao citar medidas como o concurso para a Guarda Civil Municipal, implantação de câmeras de reconhecimento facial, ronda escolar e até mesmo a participação em operações conjuntas com as polícias civil e militar. “Semana passada teve um conflito das facções em Valéria, e estava lá a Guarda Municipal ao lado da polícia. E eu quero deixar aqui um questionamento: é esse o papel da guarda?”, provocou.

O prefeito lembrou que a segurança pública é atribuição constitucional do Estado e criticou a ausência de resposta por parte do governo baiano. “Nós, prefeitos, não temos know-how, expertise e força de segurança para combater o tráfico, as facções e o tráfico de armas. A nossa Guarda Municipal não tem estrutura para isso”, afirmou.

Bruno anunciou que prefeitos participarão de audiência na terça-feira em Brasília, na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, para debater a PEC da Segurança. Os governadores também foram convidados. Bruno criticou o governador Jerônimo Rodrigues por não confirmar presença. “Infelizmente o governador da Bahia, o ‘Fujão’, foi convidado e até agora não confirmou se vai ou não”, alfinetou.

Por fim, o prefeito citou o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, como exemplo de gestão eficiente na área. “Que o exemplo do governador Ronaldo Caiado, que praticamente transformou o Estado de Goiás em segurança plena, possa ser esse o futuro da Bahia que a gente espera, em especial a partir de 2026, quando nós vamos mudar o rumo desse estado, trazendo segurança e tranquilidade para a população, para que o ladrão possa estar preso e não a população. A população possa estar na rua curtindo a nossa cidade”.



Informações do Política Livre / Foto: Divulgação

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