A Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia informou, nesta terça-feira (24), que o corpo da publicitária brasileira Juliana Marins, de Niterói (RJ), só deverá ser retirado do Monte Rinjani na quarta-feira (25), devido às más condições climáticas e à dificuldade de acesso ao local onde ela foi encontrada sem vida.

Juliana foi localizada no fim do quarto dia de buscas, após cair de um paredão rochoso durante uma trilha no vulcão, que tem 3.726 metros de altitude e está localizado na ilha de Lombok. Ela foi a nona vítima fatal no Monte Rinjani nos últimos cinco anos, segundo dados do governo indonésio.

Segundo as autoridades, um socorrista voluntário avistou o corpo da brasileira nesta terça-feira. Sete integrantes das equipes de resgate estão acampados em dois pontos da montanha: três a 400 metros de profundidade e quatro a 600 metros, onde está o corpo de Juliana. A remoção exigirá o uso de cordas para içar a jovem, que será levada em uma maca até o posto de Sembalun, base da operação na região.

Juliana fazia um mochilão pela Ásia e estava acompanhada por cinco turistas e dois guias locais quando iniciou a subida ao Rinjani. No sábado (21), poucas horas após a queda, ela foi localizada ainda com vida por um drone, abrigada em uma fresta entre pedras, se mexendo. Na ocasião, familiares chegaram a receber a informação de que os socorristas haviam conseguido chegar até ela e fornecido comida e água. Posteriormente, essa informação foi desmentida, e parentes passaram a cobrar mais agilidade na operação.

Na segunda-feira (23), os bombeiros voltaram a localizá-la com a ajuda de um drone de visualização térmica, mas ela já não apresentava sinais de movimento. Nesta terça, as equipes a encontraram a 600 metros de distância da trilha onde havia desaparecido.

Devido ao tempo instável e à geografia íngreme da montanha — marcada por pedras soltas, areia e precipícios —, o resgate do corpo teve de ser suspenso temporariamente. Segundo a agência de resgate da Indonésia, o trabalho será retomado assim que as condições permitirem.

Informações da Gazeta Brasil / Foto: Reprodução/Redes Sociais