Durante entrevista ao programa Roda Viva, exibido na noite de segunda-feira (7), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), adotou um tom mais direto sobre seu futuro político. Embora evite cravar uma candidatura, o ex-governador da Bahia sinalizou que pode disputar uma vaga no Senado em 2026 e deixou claro que essa decisão será discutida no início do próximo ano com o presidente Lula.

“Na posição em que eu estou, eu não posso antecipar uma posição minha este ano”, disse Rui, ao justificar o foco nas demandas da Casa Civil. Segundo ele, a prioridade é coordenar as entregas do governo federal — tarefa que, afirmou, consome jornadas de até 18 horas por dia.

Ainda assim, o ministro se colocou à disposição do partido para o pleito, inclusive admitindo o desejo de concorrer ao Congresso Nacional. Nos bastidores, cresce a possibilidade de uma chapa majoritária formada exclusivamente por petistas na Bahia.

Apesar da movimentação, Rui descartou por completo uma eventual tentativa de retornar ao governo estadual. “Eu não serei candidato a governador. O candidato é Jerônimo Rodrigues, isso eu posso afirmar hoje”, garantiu.

A definição sobre seu papel em 2026, segundo ele, virá entre janeiro e fevereiro do próximo ano, em diálogo com o presidente. “Eu tive uma conversa prévia com o presidente. Em janeiro e fevereiro do ano que vem, eu vou sentar com ele e conversar qual é a melhor estratégia”, afirmou.

Ao ser questionado sobre o futuro do presidente da República, Rui foi categórico: Lula será candidato à reeleição. A confirmação reforça a declaração feita pelo próprio presidente no último dia 4, durante evento na Petrobras, quando afirmou que “se tudo estiver como pensa”, o Brasil terá “pela primeira vez um presidente eleito quatro vezes”.

Caso o petista vença em 2026, poderá se tornar o segundo presidente com mais tempo no comando do país, totalizando 16 anos no cargo — atrás apenas de Getúlio Vargas.

Foto: TV Cultura